quinta-feira, 5 de julho de 2007

Quantas cores o vento tem



estava a dar uma voltinha no youtube e deparei-me com este video. Ainda dizem que os portugueses não fazem coisas excelentes. pelo menos nas melodias dos filmes de animação somos muito melhores que os americanos. Uma letra magnifica, uma canção e voz maravilhosa - Susana Felix. Quando este filme saiu tinha 13 anos e fiquei encantado com a sua mensagem.

para mais tarde recordar...

Deserto Negro

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Carta ao primo Sebastião!!! lol


Meus quirido Bastião

Sou eu qui te estar a escrever. Eu num querer te dizer tu pai moreu, por aqui meu pessoa num querer dar disgosto, mas morer moreu mesmo, paravra di onra.
No nossa terra estar passando coisa esquisito. Carcura qui pessoas qui nunca ter morido estar morendo agora.
Muer di ti Paurino já pariu minino, mas ti Paurino estar esconfiado e dizer qui minino não ser dere porqui ere ter perna di pau e minino nascer com dois perna verdadeiro mesmo.
Tonico querer casar com Mariquita mas os pai num querer porqui eles afirmar ser pirimos, e pirimo com pirima num pode, pois sair filho anarfabeto.
Filho di ti João ter angorido sete e quinhento, ja cagou cinco escudo, farta cagar mais meio cinco.
Os branco agora estar a fazer uma rua nova. Ter passeio dum rado e passeio do outro rado e os rua passar no meio. Branco ser esperto nos cabeça.
Escurpa os carigrafia mas eu andar bem rouco e os paravra num sair bem.
Escurpa num mandar vinte escudo qui mi emprestaste mas eu ja fechou o carta.

Teus pirimo quirido
Vatinha

domingo, 1 de julho de 2007

Paixão Negra



Pretendo escrever sem parar
Antes que algo possa acontecer
As minhas mãos encontram-se cansadas
Mas a caneta parece fugir

Quando ecrevo, as ideias passam para a caneta
As mágoas afogam-se no azul das letras
E as lágrimas ficam presas no papel seco

Escrevo, pois uma tempestade asola a minha mente
Como furacão asola uma ilha tropical
A areia é levada pelas vagas
E as palmeiras agitadas violentamente

Encontro-me violento,
Clausurado na teia complicada do meu ser
Como um insecto inofensivamente
preso nas teias de uma aranha

Estou preso,
Mas tenho fome e sede de vingança
Tenho esperado pelo grito de esperança
Um dia serei um mito,
Uma lenda
Taparei os olhos ao mundo
Com uma venda

Aí talvez possam os grandes pensar
Que as tempestades continuarão a desvastar
O mundo que a violência comanda
E a liberdade condena...

Deserto Negro
(2007)

És tu mar!


O mar... Quando se fala no mar, usualmente não o associamos apenas a praia e a férias. O mar é muito mais, tem um carisma mistico pela sua imensidão, profundidade e a beleza que este proporciona. Fonte de inspiração... foi assim que surgiu este poema, numa tarde à beira mar!


És tu mar!

És tu mar
Salgado e frio
Longo e vasto
Que esconde os mil e um segredos da
Humanidade!?!

És tu mar, que constantemente murmuras
aos meus ouvidos?

És tu mar,
Azul de profundeza, espelho divino
Capaz de dar ou tirar sentido à vida?

Serás tu mar, o horizonte oculto das nações?

És tu mar que afogas saudades
Ódios e piedades?

És tu mar, és tu mar!!!

Deserto Negro
(2000)